Sermão 17 - 20/07/2018 - Escorvânia e Barin
Em Nome de Deus o
Clemente, o Misericordioso
Sermão 17
– 20/7/2018
Imam Abbas Al Feres
Imam Abbas Al Feres
Reino do Barin (
Mesquita Fatima Al Zahra de Fazzapur)
Reino Semita da
Escorvânia (Mesquita Abu Fadl Abbas de Abu Dhabi)
Que Deus abençoe os cidadãos puros de
coração e as mesquitas islâmicas do micromundo.
Uma abençoada sexta-feira aos irmãos
muçulmanos e simpatizantes da comunidade islâmica. Nós do Supremo Congresso
Islâmico Micronacional estamos presentes hoje nas Mesquitas de Fazzapur e Abu Dhabi.
O
Supremo Congresso Islâmico Micronacional de Meca e Medina leva aos
micronacionalistas palavras do verdadeiro islamismo propagado no micromundo
desde 2010 e contamos com mesquitas na Europa, Oriente e América.
Nosso
sermão será focado na proibição quanto ao orgulho e arrogância.
Deus,
louvado seja disse: “Só serão incriminados aqueles que injustamente vituperarem
e oprimirem os humanos na terra: esses sofrerão um doloroso castigo. (Alcorão Sagrado 42:42).
Iyadh Ibin Himar ( R ) relatou que o Mensageiro de Deus (S.A.A.S) disse: Deus,
louvado seja, me relatou que devemos adotar modéstia e a humildade, e que
ninguém se exceda nem seja ostentoso com os demais.” ( Musslim)
Irmãos
e simpatizantes do islamismo no micronacionalismo, o islam é tal como o
cristianismo e judaísmo, somos parte de uma raiz e devemos nos respeitar seja
no macromundo ou micromundo. Precisamos manter o ambiente de tolerância na
lusofonia e procurar conhecer o seu próximo. Nunca o islamismo teve algum ato
criminoso na lusofonia, desde 2010 os muçulmanos trabalham e colaboram com
micronações coexistentes.
Abu Huraira ( R ) contou que o profeta Muhammad ( S.A.A.S) disse: “ Se um
homem dissesse, ostentosamente, que os indivíduos estão perdidos, então ele
seria o primeiro entre os perdidos.” (
Musslim)
Finalizo nosso
encontro com algumas palavras iluminadas de Sayyid Mohammad Rizvi.
O
Islam, como o Judaísmo e o Cristianismo, crê nos profetas e mensageiros de Deus
– uma maneira interessante de entender o ponto de vista alcorânico sobre a
liberdade religiosa é observar o papel dos profetas e mensageiros de Deus.
Foram eles enviados para forçar as pessoas a acatarem seus ensinamentos?
Moisés, Jesus ou Mohammad, com a ordem de Deus, impôs seus ensinamentos por
meio da espada? Certamente que não. Leiam no Alcorão Sagrado, a Sagrada
Escritura do Islam, as palavras reveladas de Deus nas quais Ele claramente
expõe o dever de Seus Mensageiros:
“Ao
Mensageiro só cabe a comunicação (da mensagem). Deus conhece o que manifestais
e o que ocultais.” (5:99)
Numa
ocasião o povo de Makka se dirigiu ao Profeta argumentando que, se Deus não
queria que adorassem os ídolos então porque não os impedia de fazê-lo pelo uso
da força. Então, Deus revelou o seguinte ayat:
“Cabe
aos mensageiros algo além da comunicação (da Mensagem) de maneira clara?” (16:35)
Portanto,
vemos que do ponto de vista alcorânico, a missão dos profetas e mensageiros de
Deus não era impôr seus ensinamentos pela força, mas sim orientar as pessoas
para que aceitassem espontaneamente a (mensagem) de Deus.
Em
outro versículo, Deus diz:
“Mas
se desdenharem (nossos avisos), não te enviamos como guardião deles; teu dever
é somente comunicar (a mensagem).” (42:48)
O
Alcorão Sagrado deixa claro que a religião não pode ser imposta a ninguém:
“Não
há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro…” (2:256)
O
Exemplo do Profeta
O
Profeta do Islam enfrentou muitas dificuldades e oposição em sua própria terra
natal (Makka). Ele foi forçado a emigrar para Medina. A despeito da oposição e
mesmo da tortura física que seus seguidores sofreram em Makka, o Profeta sempre
se dirigiu aos descrentes com tolerância. Certa vez, ele recitou-lhes uma
pequena sura da revelação:
“Dize:
Ó descrentes, não adoro o que adorais, nem adorais o que adoro. E nunca
adorarei o que adorais, nem vós adorareis o que adoro. Tendes a vossa religião
e eu tenho a minha.” (s.109 – 1 a 6)
Quando
migrou para Medina, descobriu que ao lado dos que se recusavam a abraçar o
Islam estava uma grande comunidade judaica, fato que não o perturbou. O Profeta
não pretendia forçá-los a aceitar o Islam, em vez disso, celebrou um tratado de
paz com aquela comunidade e os denominou: “Povo do Livro” (os que haviam
recebido a Sagrada Torah). Esse foi um grande exemplo de tolerância religiosa.
O
tratado de paz entre o Profeta e os judeus de Medina garantiu-lhes a segurança
e a liberdade de culto enquanto eles próprios observaram os termos nele
contidos.
Assim
sendo, verificamos que, historicamente, o Profeta do Islam foi capaz de viver
em paz com os seguidores das demais religiões celestiais.
Também
as cartas que o Profeta enviou para os governantes de vários povos e nações são
documentos relevantes sobre o tema. Em nenhuma delas o Profeta ameaçou aqueles
que não aceitassem a Mensagem do Islam.
A
carta enviada ao Imperador Négus da Etiópia termina com as seguintes palavras:
“Eu transmiti a Mensagem, cabe a vós aceitá-la. A paz esteja com aqueles que
seguem a orientação verdadeira.”
Nós
temos ainda um importante documento histórico, do quarto Imam Ali Zaynul Abidin (as), chamado “O Tratado dos Direitos”.
Nesse tratado, o Imam menciona os direitos relacionados a vários assuntos e à
sociedade humana em geral. Sua parte final trata dos direitos dos
não-muçulmanos numa sociedade islâmica. Entre outras coisas, diz: “Há de
existir uma barreira que te impeças de praticar injustiças contra eles, de privá-los
da proteção proporcionada por Deus ou de vacilar no cumprimento dos
compromissos de Deus e de Seu Mensageiro a respeito deles”.
Uma
vez que fomos informados que o Santo Profeta disse: “Quem quer que pratique
injustiças contra os não-muçulmanos sob nossa proteção (do Governo islâmico),
eu serei inimigo dele (no Dia do Julgamento)”.
Numa
carta que o Imam Ali endereçou a seu governador no Egito, ele escreveu:
“Inclina teu coração à clemência para com os teus súditos, e ao afeto e a
bondade em relação a eles. Não te coloques acima deles como uma fera que deseja
devorá-los, pois eles são de dois tipos: aqueles que são teus irmãos na fé e
aqueles que são teus semelhantes na criação”. (Nahjul Balagha, carta 53)
A
História Islâmica
Infelizmente,
os acontecimentos após a Primeira Guerra Mundial e na atualidade, criaram uma
atmosfera no Ocidente na qual o Islam é rotulado como “uma religião do terror”
e os muçulmanos são, de modo geral, estigmatizados como “terroristas”. Livros
de História, sobretudo as obras dos orientalistas, retratam os muçulmanos tendo
o Alcorão Sagrado numa mão e a espada na outra, dando a entender que onde quer
que os muçulmanos cheguem só haverá duas escolhas: a conversão ou a morte.
Todavia,
historiadores sérios se opuseram a essa distorcida imagem dos muçulmanos. É
inegável que os impérios islâmicos conquistaram outros povos, porém não
impuseram a religião e eles. Há uma clara distinção na história entre “expansão
territorial dos estados islâmicos” e “expansão do Islam” como religião. Por
exemplo, os muçulmanos governaram a Índia por muitos séculos, mas a maioria de
seus cidadãos permaneceu não-muçulmana. A Índia sucumbiu pela força diante dos
muçulmanos, mas o Islam se propagou em seu território por intermédio do exemplo
e da pregação dos sufis. Esse fato foi explicado detalhadamente por Khuswant Singh, no primeiro volume de
sua obra “História dos Sikhs”.
Há
um outro aspecto da questão da tolerância e a liberdade de crença, se
compararmos a atitude dos governantes muçulmanos em relação às minorias
religiosas em seus domínios durante o século XIX, com a atitude dos europeus e
dos norte-americanos para com suas próprias minorias, eu diria que a atitude
dos muçulmanos foi muito melhor. Creio que seja o bastante citar Roderic H.
Davidson, um destacado historiador (ocidental) do Império Otomano. Na questão
da tolerância às minorias, Davidson escreveu: “É possível dizer que os turcos
foram menos opressores para com os povos a eles submetidos do que os prussianos
com os poloneses, os ingleses com os irlandeses ou os americanos com os
afro-americanos. Há evidência de que naquele período (século XIX) houve
emigração espontânea da Grécia independente para o Império Otomano, uma vez que
havia cidadãos gregos que consideravam o Império turco mais indulgente do que o
seu próprio governo”. (Reform of Ottoman
Empire (1856-1876) – Princeton University Press – 1963).
A
tolerância religiosa no islam - Sayyid Mohammad
Rizvi
O
Supremo Congresso Islâmico Micronacional
de Meca e Medina congratula o Império da França, Principado de
Terranova, Reino Semita da Escorvânia,
Reino do Barin, Sacro Reino de Piratiní e União dos Estados da Platina
por receberem fraternalmente os espaços religiosos do islam na lusofonia.
Irmãos
estejam na paz.
Salam
O conteúdo é obra da SCIM que realiza seu trabalho no micromundo desde
2010, todas as mesquitas devidamente registradas receberão este sermão.
Procure uma Mesquita próxima e tire suas dúvidas sobre o
islamismo, nos responsabilizamos pelas Sociedades Beneficentes: Mesquita Beit
Salam – Cidade de Le Havre ( Império da França), Mesquita Ismail – Saint Ouen
(Império da França), Mesquita Muhammad Rassulullah – Cidade de Paris (Império
da França), Mesquita Abu Fadl Abbas – Cidade de Abu Dhabi (Reino da
Escorvânia)- Mesquita Fatima Al Zahra – Cidade de Fazzapur (Reino do
Barin)- Mesquita Imam Ali de Buenos Aires (União dos Estados da Platina),
Mesquita Mariam de Porto Alegre (Sacro Reino de Piratiní) e Mesquita Beit Nuh
(Principado de Terranova). Nossa sede é
na Cidade Sagrada de Medina, possuindo uma representação na Cidade de Jerusalém
micro.
Comentários
Postar um comentário